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15 de nov. de 2011

Consciência Negra

“TUDO BEM SER DIFERENTE. NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM”

OBJETIVOS:
1. Trabalhar a diversidade em sala de aula e na sociedade.
2. Mediar a construção de identidades raciais, religiosa e de gênero
positivas.
3. Estimular o respeito às diferenças.
4. Proporcionar o conhecimento de diversas formas de mobilidade,
comunicação e integração das pessoas portadoras de necessidades
especiais.

PÚBLICO:
1º ao 5º ano do ENSINO FUNDAMENTAL
TEMPO ESTIMADO: de 24 de outubro a 20 de dezembro

MATERIAL NECESSÁRIO:
livros paradidáticos, Braille, CD, DVD, carimbos, vendas, máquina
braile , texturas, alfabeto em língua de sinais e cadeira de rodas.
1. Livros paradidáticos:
• Tudo bem ser diferente;
•Ninguém é igual a ninguém;
•De onde você veio? (Liliana Iacocca e Michele Iacocca/ editora Ática)
• A menina mutante ( Leila Seleguini / editora Adonis)
2. CD
•Música: Você é especial (Aline Barros)
•Música: Natiruts, com sua música “Quem planta Preconceito”,
•Música: Amigos do peito, interpretada pelos Trapalhões (Composição:
Michael Sullivan / Paulo Massadas )
•Música: Depende de nós (Composição: Ivan Lins / Vitor Martins )
3. DVD
a. Sempre amigos:
Quando o jovem Kevin Dillon (Kieran Culkin) e sua mãe (Sharon Stone)
mudam para a casa ao lado de Maxwell Kane e seus avós, uma nova vida
começa para os dois meninos. Max, de 13 anos, é um gigante.
Devagar na escola e sem coragem, nunca teve amigos. Já Kevin, tem
deficiência nas pernas, mas compensa as dificuldades físicas com
cérebro de gênio. Unidos, Kevin dá a Max suas idéias e Max dá à Kevin
a habilidade de se mover rapidamente. Uma amizade fantástica que dá
força e coragem para que ambos enfrentem as adversidades da infância
com o poder da imaginação.
Ano de Lançamento: 2005
Direção: Peter Chelsom
Atores/Artistas: Sharon Stone, Gena Rowlands, Harry Dean Stanton,
Kieran Culkin, Elden Henson, Gillian Anderson
País/Ano de Produção: EUA - 1998
Duração: 102 Minutos
b. Shrek I e II
c. Ponte para Terabithia

• Curta-metragens diversos retirados do Youtube
1) http://www.youtube.com/watch?v=u5651tdwyXo
2) http://www.youtube.com/watch?v=6R38MtEiIC4&feature=related
3) http://www.youtube.com/watch?v=j3v70bmk4eE&feature=related
4. Livros:
Livros paradidáticos, textos e letras de músicas
• Livro didático em Braile ( Município de Limeira)
• Enciclopédia ilustrada trilíngue – Língua de Sinais Brasileira
(Fernando César Capovilla e Walkiria Duarte Raphael/ editora EDUSP)

5. AVALIAÇÃO:
A avaliação do projeto será durante todo seu desenvolvimento, onde
haverá registros do professor em relação ao desenvolvimento geral da
classe e individual; levando em consideração a importância da
aceitação do outro como indivíduo importante na sociedade.

DESENVOLVIMENTO:
AULA 1:
• Apresentação do tema do projeto e conversa com os alunos sobre
diferenças encontradas na sociedade.
• Levantamento e registro coletivo de diferenças (cultural, social,
racial, religiosa, partidária, educacional e portadores de
necessidades especiais).
• Apresentação aos alunos do alfabeto e dos algarismos em Língua de
Sinais
• Explanação sobre os meios de comunicação utilizados pelos surdos.
• Fazer com os alunos cada letra do alfabeto em Língua de sinais
( aluno recebe cópia do alfabeto em Língua de Sinais).
• Alunos escolhem uma palavra na Enciclopédia Trilingue e a apresenta
em Língua de Sinais.
• Leitura: De onde você veio? (leitura em capítulos)

AULA 2:
• Apreciação do filme: Sempre amigos.

AULA 3:
• Resgate e continuação do filme : Sempre amigos.
• Roda de conversa e registro coletivo sobre os pontos principais do
filme

AULA 4:
• Leitura: De onde você veio? (leitura em capítulos)


AULA 5:
• Resgate e continuação da leitura do livro “De onde você veio”.
• Produção textual – gênero: livre
Tema: “tudo bem ser diferente”
Título à escolha do aluno.

AULA 6:
• Leitura realizada pelos alunos das produções produzidas na aula
anterior.
• Explanação feita pelos alunos do título escolhido.
• Ilustração da produção para o painel da escola.
• Resgate e continuação da leitura do livro “De onde você veio”.

AULA 7:
• Resgate e finalização da leitura do livro “De onde você veio”.
• Elencar, com os alunos as deficiências conhecidas e as dificuldades
encontradas na sociedade por cada deficiência citada.
• Em roda de conversa, fazer com os alunos um levantamento de
sugestões para minimizar/ diminuir cada dificuldade encontrada.
• Montar uma tabela : Deficiência – Dificuldade - Sugestão de
melhoria.

AULA 8:
Ouvir e canta a música Quem Planta O Preconceito, interpretada por
Natiruts.
• Leitura: A menina mutante (leitura em capítulos)
• Apresentação da Enciclopédia Trilingue.
• Fazer com os alunos cada letra do alfabeto em Língua de sinais.
• Cada aluno faz seu nome e sua idade em Língua de Sinais.
• Alunos escolhem uma palavra na Enciclopédia Trilingue e a apresenta
em Língua de Sinais.

AULA 9:
• Resgate e continuação da leitura do livro: A menina Mutante.
• Conversa com os alunos sobre a deficiência visual (Conhecem alguém?
Onde estudam? Meios de comunicação que utilizam)
• Dinâmica: Reconhecendo o espaço escolar
Os alunos realizarão esta dinâmica em duplas onde um aluno será
vendado e o outro será seu “guia” para encontrar um ponto da unidade
escolar.
Após a chegada a esse ponto, a dupla fará a inversão de papéis: o
aluno que estava vendado agora será o guia.
• Roda de conversa: sensação de não enxergar; sensação de dependência
para se locomover, principalmente se não há acessibilidade; como
encarar os obstáculos; como ser um guia e não fazer tudo pelo outro,
mas sim ensiná-lo a fazer.

AULA 10:
Entrevista com alunos de anos escolares diferentes
Ouvir e canta a música
• Resgate e finalização da leitura do livro: A menina Mutante.
• Apresentar aos alunos uma apostila didática e algumas embalagens que
fornecem em Braille informações de utilização necessárias aos cegos.
• Professora Karina do Instituto Luiz Braille para socializar com os
alunos uma Máquina de Sistema Braille para que os alunos recebam seus
nomes escritos em Braille.

AULA 11:
• Explanação com os alunos: Deficiência Física (Conhecem alguém? Onde
estudam? Meios de locomoção que utilizam)
• Dinâmica: Reconhecendo o espaço escolar
Os alunos realizarão esta dinâmica em duplas onde um aluno se
locomoverá pelo espaço escolar em uma cadeira de rodas e o outro será
seu parceiro para empurrar a cadeira de rodas e auxiliá-lo na execução
da tarefa: Utilizar o bebedouro. Após a chegada a esse ponto, a dupla
fará a inversão de papéis: o aluno que auxiliava será o “deficiente
físico”.
• Roda de conversa: sensação de não poder se locomover utilizando as
pernas; sensação de dependência para se locomover, principalmente se
não há acessibilidade; como encarar os obstáculos; como ser um amigo e
não fazer tudo pelo outro, mas sim ajuda-lo ensiná-lo a fazer.

AULA 12:
• Finalização do projeto: leitura compartilhada do texto “Novo amigo”
que é uma história que utiliza desenhos ao invés de palavras, em
seguida será feita uma roda de conversa sobre a leitura feita - a
utilização do desenho como uma forma de comunicação, a sensação de
participar desse projeto, o que foi mais prazeroso, o que podemos
fazer para melhorar a
• socialização de novos alunos, amigos, pessoas conhecidas ou não em
nossa escola e sociedade.
• Ouvir e cantar a música: Amigos do peito que é interpretada pelos
Trapalhões (Composição: Michael Sullivan / Paulo Massadas )


Amigos do Peito
Os Trapalhões
Composição: Michael Sullivan / Paulo Massadas
Toda vez que a gente está sozinho
E que está perdido no caminho
Ele sempre chega de mansinho e mostra uma saída
Toda vez que a gente está cansado
E que vê o mundo desabando
Ele sempre mostra o lado bom que tem a vida

Ele sempre está do nosso lado
E com a gente fica preocupado
Ele nunca pede nada em troca, não
Quantas vezes dá sem receber
Ele ri nas nossas alegrias
Ele chora com a nossa dor
Ele é a forma mais sublime do amor

Ter um amigo
Na vida é tão bom Ter amigos
A gente precisa de amigos do peito
Amigos de fé, amigos-irmãos
Iguais a eu e você

Ter um amigo
Na vida é tão bom Ter amigos
A gente precisa de amigos do peito
Amigos de fé, amigos-irmãos
Iguais a eu e você
Amigos

De repente bate uma tristeza
E ele chega cheio de energia
E transforma toda a incerteza em alegria
Ele sabe dos nossos segredos
E conhece até os nossos medos
Se a gente está chorando ele vem e diz: sorria

Ele sempre está do nosso lado
E com a gente fica preocupado
Ele nunca pede nada em troca, não
Quantas vezes dá sem receber
Ele ri nas nossas alegrias
Ele chora com a nossa dor
Ele é a forma mais sublime do amor

• Ouvir e cantar a música:
Quem Planta O Preconceito
Interpretada por Natiruts

Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar...
Lembra da criança
No sinal pedindo esmola?
Não é problema meu
Fecho o vidro
Vou embora...
Lembra aquele banco
Ainda era de dia
Tem preto lá na porta
Avisem a polícia...
E os milhões e milhões
Que roubaram do povo
Se foi político ou doutor
Serão soltos de novo
Ooooooooooooh!
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Impunidade, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Racismo, indiferença
Não pode reclamar da violência
Quem planta preconceito
Impunidade, indiferença
Não pode reclamar...
-"Ainda há muito
O que aprender
Com África Bambata
E Salassiê
Com Bob Marley e Chuck D
O reaggae, o hiphop
Às vezes não é esse
Que está aí
Seqüela a violência
Entrando pelo rádio
Pela tela
E você só sente quando falta
O rango na panela
Nunca aprende
Só se prende, não se defende
Se acorrenta, toma o mal
Traga o mal, experimenta
Por isso ainda há muito
O que aprender
Com África Bambata
E Salassiê
Com Bob Marley e Chuck D
O reaggae, o hiphop pode ser
O que se expressa aqui
Jamaica
O ritmo no pódium sua marca
Várias medalhas
Vários ouros, zero prata
E no bater da lata
Decreto morte é o gravata
E no bater das palmas
Viva a cultura rasta"
Crianças não nascem más
Crianças não nascem racistas
Crianças não nascem más
Aprendem o que
Agente ensina...
-"Por isso ainda há muito
O que aprender
Com África Bambata
E Salassiê
Com Bob Marley e Chuck D
Todo dia algo diferente
Que não percebi
E na lição um novo
Dever de casa
Mais brasa na fogueira
E o comédia vaza
A moda acaba
A gravadora trai
E o fã já não
Te admira mais
Ainda há muito
O que aprender
Lado a lado, aliados
Natiruts, GOG
O DF, o cerrado
Um cenário descreve
Do Riacho a Ceilândia
Cansei de ver
A repressão policial
A criança sem presente
De natal
O parceiro se rendendo ao mal
Quem planta a violência
Colhe odio no final"
• Ouvir e cantar a música:
Depende de Nós
Composição: Ivan Lins / Vitor Martins
Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor
Depende de nós
Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar
Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs
Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá
Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs
Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá
Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor



Texto  Informativo


O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do autopreconceito, ou seja, da inferiorização perante à sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos.
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do autopreconceito, ou seja, da inferiorização perante à sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos.
O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade autossustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.
Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem.
Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.
Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."



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