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DIREITOS DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA
Direitos de aprendizagem de Matemática (Unid. 4 )
O ensino da Matemática, assim como o
dos demais componentes curriculares, é previsto na Lei 9.394/96, que estabelece
as diretrizes e bases da educação nacional. No artigo 32, por exemplo, é
proposto que é necessário garantir “o desenvolvimento da capacidade de
aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo”. Para tal domínio, diferentes conhecimentos e capacidades devem ser
apropriados pelas crianças.
Os documentos curriculares elaborados,
sobretudo, pelas secretarias de educação, definem os princípios gerais do
trabalho pedagógico e as concepções acerca dos objetos de ensino. Em muitos
desses documentos, são estabelecidos alguns direitos de aprendizagem fundamentais.
Desse modo, não pretendemos apresentar, nos quadros a seguir, um currículo
único para o ensino de Matemática nos três primeiros anos do ensino fundamental.
Apenas apontamos, a partir de diferentes documentos, como os Referenciais Curriculares
Nacionais da Educação Infantil, Parâmetros Curriculares Nacionais e propostas
curriculares de secretarias estaduais e municipais de educação, o que
compreendemos como principais direitos de aprendizagem das crianças nestes anos
de escolaridade, com a finalidade de estabelecer o debate acerca de como se
constitui o ensino da Matemática no ciclo de alfabetização. Não somos
exaustivos nesta empreitada, há certamente, outros direitos de aprendizagem
relacionados a esta área de conhecimento.
O ensino de Matemática, de acordo
com documentos oficiais brasileiros, está organizado em quatro campos (blocos
ou eixos): números e operações; espaço e forma (geometria, pensamento
geométrico); grandezas e medidas e; tratamento da informação (estatística). Os
conhecimentos relativos a estes campos não devem ser trabalhados na escola de
modo fragmentado, deve haver articulação entre eles. Também não serão esgotados
em um único momento da escolaridade, mas pensados numa perspectiva em espiral,
ou seja, os temas são retomados e ampliados ao longo dos anos de escolarização. Assim, a maioria
destes direitos de aprendizagem deverá ser abordada nos anos 1, 2 e 3, sem
ainda ser consolidados, pois continuarão a ser retomados e ampliados em todo
ensino fundamental.
Direitos
Gerais de Aprendizagem: Síntese
|
Ano 1
|
Ano 2
|
Ano 3
|
NÚMEROS E
OPERAÇÕES -
Identificar os números em diferentes contextos e funções; utilizar diferentes
estratégias para quantificar, comparar e comunicar quantidades de elementos
de uma coleção, nas brincadeiras e em situações nas quais as crianças
reconheçam sua necessidade. Elaborar e resolver problemas de estruturas
aditivas e multiplicativas utilizando estratégias próprias como desenhos,
decomposições numéricas e palavras.
|
I
|
A
|
A
|
GEOMETRIA - Explicitar e/ou representar
informalmente a posição de pessoas e objetos, dimensionar espaços, utilizando
vocabulário pertinente nos jogos, nas brincadeiras e nas diversas situações
nas quais as crianças considerarem necessário essa ação, por meio de
desenhos, croquis, plantas baixas, mapas e maquetes, desenvolvendo noções de
tamanho, de lateralidade, de localização, de direcionamento, de sentido e de
vistas. Descrever, comparar e classificar verbalmente figuras planas ou
espaciais por características comuns, mesmo que apresentadas em diferentes
disposições (por translação, rotação ou reflexão), descrevendo a
transformação com suas próprias palavras.
|
I
|
A
|
A
|
GRANDEZAS E
MEDIDAS - Comparar
grandezas de mesma natureza, por meio de estratégias pessoais e uso de
instrumentos de medida adequado com compreensão do processo de medição e das características
do instrumento escolhido. Fazer estimativas; reconhecer cédulas e moedas que
circulam no Brasil.
|
I
|
A
|
A
|
TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO -
Ler, interpretar e transpor informações em diversas situações e diferentes
configurações (do tipo: anúncios, gráficos, tabelas, propagandas),
utilizando-as na compreensão de fenômenos sociais e na comunicação, agindo de
forma efetiva na realidade em que vive. Formular questões, coletar,
organizar, classificar e construir representações próprias para a comunicação
de dados coletados.
|
I
|
A
|
A
|
I – Introduzir; A – Aprofundar; C –
Consolidar
Números e Operações
|
Ano 1
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Ano 2
|
Ano 3
|
Identificar
números nos diferentes contextos em que se encontram, em suas diferentes
funções: indicador da quantidade de elementos de uma coleção discreta
(cardinalidade); medida de grandezas (2 quilos, 3 dias, etc); indicador de
posição (número ordinal); e código (número de telefone, placa de carro,
etc.).
|
I
|
A
|
C
|
Utilizar
diferentes estratégias para quantificar e comunicar quantidades de elementos
de uma coleção, nas brincadeiras e em situações nas quais as crianças
reconheçam sua necessidade: contagem oral, pareamento, estimativa e
correspondência de agrupamentos; comunicar quantidades, utilizando a
linguagem oral, a notação numérica e/ou registros não convencionais.
|
I
|
A
|
C
|
Associar
a denominação do número a sua respectiva representação simbólica.
|
I/A
|
C
|
|
Identificar
posição de um objeto ou número numa série, explicitando a noção de sucessor e
antecessor.
|
I/A
|
C
|
|
Comparar
ou ordenar quantidades por contagem; pela formulação de hipóteses sobre a
grandeza numérica, pela identificação da quantidade de algarismos e da
posição ocupada por eles na escrita numérica.
|
I
|
A
|
C
|
Contar
em escalas ascendentes e descendentes de um em um, de dois em dois, de cinco
em cinco, de dez em dez, etc., a partir de qualquer número dado.
|
I/A
|
C
|
|
Identificar
regularidades na série numérica para nomear, ler e escrever números menos
frequentes.
|
I
|
A
|
C
|
Utilizar
calculadora para produzir e comparar escritas numéricas.
|
A
|
C
|
|
Resolver
e elaborar problemas com os significados de juntar, acrescentar quantidades,
separar e retirar quantidades, utilizando estratégias próprias como desenhos,
decomposições numéricas e palavras.
|
I
|
A
|
C
|
Reconhecer
frações unitárias usuais (um meio, um terço, um quarto e um décimo) de
quantidades contínuas e discretas em situação de contexto familiar, sem recurso
à representação simbólica.
|
I
|
||
Reconhecer
termos como dúzia e meia dúzia; dezena e meia dezena; centena e meia centena,
associando-os às suas respectivas quantidades.
|
I
|
A
|
A
|
Resolver
e elaborar problemas aditivos envolvendo os significados de juntar e
acrescentar quantidades, separar e retirar quantidades, comparar e completar
quantidades, em situações de contexto familiar e utilizando o cálculo mental
ou outras estratégias pessoais.
|
I
|
A
|
C
|
Resolver
e elaborar problemas de multiplicação em linguagem verbal (com o suporte de
imagens ou materiais de manipulação), envolvendo as ideias de adição de
parcelas iguais, elementos apresentados em disposição retangular,
proporcionalidade e combinatória.
|
I
|
A
|
A
|
Resolver
e elaborar problemas de divisão em linguagem verbal (com o suporte de imagens
ou materiais de manipulação), envolvendo as ideias de repartir uma coleção em
partes iguais e a determinação de quantas vezes uma quantidade cabe em outra.
|
I
|
A
|
A
|
I – Introduzir; A – Aprofundar; C –
Consolidar
Geometria
|
Ano 1
|
Ano 2
|
Ano 3
|
Explicitar
e/ou representar informalmente a posição de pessoas e objetos, dimensionar
espaços, utilizando vocabulário pertinente nos jogos, nas brincadeiras e nas
diversas situações nas quais as crianças considerarem necessário essa ação,
por meio de desenhos, croquis, plantas baixas, mapas e maquetes,
desenvolvendo noções de tamanho, de lateralidade, de localização, de
direcionamento, de sentido e de vistas.
|
I
|
A
|
C
|
Estabelecer
comparações entre objetos do espaço físico e objetos geométricos — esféricos,
cilíndricos, cônicos, cúbicos, piramidais, prismáticos — sem uso obrigatório
de nomenclatura.
|
I
|
A
|
|
Perceber
semelhanças e diferenças entre cubos e quadrados, paralelepípedos e
retângulos, pirâmides e triângulos, esferas e círculos.
|
I
|
A
|
|
Construir
e representar formas geométricas planas, reconhecendo e descrevendo
informalmente características como número de lados e de vértices.
|
I
|
A
|
|
Descrever,
comparar e classificar verbalmente figuras planas ou espaciais por características
comuns, mesmo que apresentadas em diferentes disposições (por translação,
rotação ou reflexão), descrevendo a transformação com suas próprias palavras.
|
I
|
A
|
C
|
Usar
rotação, reflexão e translação para criar composições (por exemplo: mosaicos
ou faixas decorativas, utilizando malhas quadriculadas).
|
I
|
A
|
C
|
Descrever
e classificar figuras espaciais iguais (congruentes), apresentadas em
diferentes disposições, nomeando-as (cubo, bloco retangular ou
paralelepípedo, pirâmide, cilindro e cone).
|
I
|
A
|
|
Identificar
e descrever a localização e a movimentação de objetos no espaço,
identificando mudanças de direções e considerando mais de um referencial.
|
I
|
A
|
C
|
I – Introduzir; A – Aprofundar; C –
Consolidar
Grandezas e Medidas
|
Ano 1
|
Ano 2
|
Ano 3
|
Comparar
comprimento de dois ou mais objetos por comparação direta (sem o uso de
unidades de medidas convencionais) para identificar: maior, menor, igual,
mais alto, mais baixo, mais comprido, mais curto, mais grosso, mais fino,
mais largo, etc.
|
I
|
A/C
|
|
Comparar
grandezas de mesma natureza, por meio de estratégias pessoais e uso de
instrumentos de medida conhecidos — fita métrica, balança, recipientes de um
litro, etc.
|
I
|
A/C
|
|
Selecionar
e utilizar instrumentos de medida apropriados à grandeza a ser medida (por
exemplo: tempo, comprimento, massa, capacidade), com compreensão do processo
de medição e das características do instrumento escolhido.
|
I
|
A
|
C
|
Identificar
ordem de eventos em programações diárias, usando palavras como: antes,
depois.
|
I/A/C
|
||
Identificar
unidades de tempo — dia, semana, mês, bimestre, semestre, ano — e utilizar
calendários.
|
I
|
C
|
|
Relação
entre unidades de tempo — dia, semana, mês, bimestre, semestre, ano.
|
I
|
A
|
C
|
Leitura
de horas, comparando relógios digitais e de ponteiros.
|
I
|
A/C
|
|
Fazer
e utilizar estimativas de medida de tempo e comprimento.
|
I
|
A/C
|
|
Comparar
intuitivamente capacidades de recipientes de diferentes formas e tamanhos.
|
I
|
A/C
|
|
Identificação
dos elementos necessários para comunicar o resultado de uma medição e produção
de escritas que representem essa medição.
|
I
|
A
|
C
|
Reconhecer
cédulas e moedas que circulam no Brasil e de possíveis trocas entre cédulas e
moedas em função de seus valores em experiências com dinheiro em brincadeiras
ou em situações de interesse das crianças.
|
I
|
A
|
C
|
I – Introduzir; A – Aprofundar; C –
Consolidar
Tratamento da Informação
|
Ano 1
|
Ano 2
|
Ano 3
|
Ler,
interpretar e transpor informações em diversas situações e diferentes
configurações (do tipo: anúncios, gráficos, tabelas, propagandas),
utilizando-as na compreensão de fenômenos sociais e na comunicação, agindo de
forma efetiva na realidade em que vive.
|
I
|
A
|
C
|
Formular
questões sobre aspectos familiares que gerem pesquisas e observações para
coletar dados quantitativos e qualitativos.
|
I
|
A
|
A
|
Coletar,
organizar, classificar, ordenar e construir representações próprias para a
comunicação de dados coletados.
|
I
|
A
|
A
|
Interpretar
e elaborar listas, tabelas simples, tabelas de dupla entrada, gráfico de
barras para comunicar a informação obtida, identificando diferentes
categorias.
|
I
|
A
|
|
Produção
de textos escritos a partir da interpretação de gráficos e tabelas.
|
I
|
A
|
|
Resolver
e elaborar problema a partir das informações de um gráfico.
|
I
|
A
|
I – Introduzir; A – Aprofundar; C – Consolidar
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